Notícias

22 de Dezembro de 2014 - 08:32h
Em simulações de colisão, cadeirinhas infantis têm pontuação ruim

Fonte: Autoesporte

O desempenho das cadeirinhas foi ruim na simulação de colisão frontal, porém ainda pior na de colisão lateral, que não é exigida pelo Inmetro para certificar as cadeirinhas vendidas no Brasil. “Apesar dos produtos precisarem melhorar, jamais se deve transportar uma crianças dentro de um carro sem o dispositivo de segurança adequado”, afirmou a instituição em nota.

De acordo com uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) de 2010, crianças de até um ano de idade deverão ser transportadas no bebê conforto, crianças entre um e quatro anos em cadeirinhas e de quatro a sete anos e meio em assentos de elevação. Se o veículo tiver apenas cinto abdominal de dois pontos no banco de trás, o transporte de crianças com menos de dez anos pode ser realizado no banco dianteiro do veículo com o uso do dispositivo de retenção adequado. Confira abaixo os resultados dos testes das cadeirinhas.

Crianças de 0 a 13 kg
- Galzerano Coccon (R$ 269 a R$ 249): duas estrelas
- Burigotto Touring SE 3030 (R$ 179 a R$ 274,43): uma estrela
- Lenox Casulo (R$ 175,91 - R$ 305): uma estrela

Crianças de 9 a 18 kg
- Bebe Confort Axiss (R$ 1.289,90 - 1.399): três estrelas
- Baby Style Cadeira 7000 (R$ 169,90): duas estrelas
- Chicco Xpace (R$ 1.140 - R$ 1.332,80): duas estrelas
- Galzerano Orion Master (R$ 349 - R$ 399): uma estrela

Crianças de 0 a 18 kg
- Nania Cosmo SP Ferrari (R$ 439 R$ 469): três estrelas
- Baby Style 333 (R$ 219,90 - 274, 99): uma estrela
- Chicco Eletta (R$ 779,99 - R$ 1.118,90): uma estrela

Vale citar que outros três modelos do mercado latino-americano foram testados, porém não são vendidos no Brasil. São eles Infanti Saville V3, Premium Baby e Grand Prix. Todos eles foram pontuados com uma estrela.

Como são feitos os testes?

As simulações de colisão são feitas em parceria com o Global NCAP (programa de avaliação de carros novos) e o ICRT (International Research & Testing) e consideram a segurança para impactos frontal e lateral, faciliade de uso e informações contidas nos manuais de instruções.

De acordo com o Proteste, o impacto frontal é simulado a 64 km/h e o lateral a 28 km/h em uma carro cuja estrutura é semelhante à de um Volkswagen Golf. Segundo a associação de consumidores, são verificados deslocamento e aceleração da cabeça do boneco, cargas no pescoço, aceleração do tórax, entre outros.

Apesar da realização de impacto lateral, essa modalidade não é requerida pelo Inmetro para a homologação de cadeirinhas infantis no Brasil. “Acreditamos que, para tornar as cadeirinhas mais seguras, é necessário aperfeiçoar o programa de avaliação de conformidade, com alteração da velocidade utilizada no teste de impacto frontal e inclusão do teste de impacto lateral”, afirmou o Proteste em nota. De acordo com a organização, o ensaio de impacto lateral tornou-se obrigatório nos Estados Unidos recentemente e, em breve, entrará em vigor na União Europeia.

Voltar